Evangelho no Lar - Livro Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec


Primeiramente boa noite a todos.
Sejam todos muito bem vindo a mais um Evangelho no Lar
Como disse anteriormente é recomendado a realização do Evangelho ao menos uma vez na semana, sempre no mesmo horário. 
Em família ou mesmo individualmente.
O importante é consagrarmos um momento a uma união com o plano espiritual.
Para que haja harmonização do lar, para que haja um equilíbrio espiritual.
Pediria a gentileza do leitores do Blog, em especial dos que acompanham o Blog sempre ao ler, ao participar do nosso Evangelho quatro coisas simples, básicas. 
Que todos indistintamente podem fazer.
1- Olvidar todo e qualquer sentimento de mágoa, ressentimento, ira, medo.
2- Serene sua mente, acalme-se. Limpe seus pensamentos.
3- Feito isso busquem se possível um lugar calmo, aprazível que não sofra com interferências externas.
4- Esqueça por hora os problemas do dia a dia, dissabores, dores, decepções. Que nada venha roubar, interferir sua paz interior, seu equilíbrio físico-espiritual.
Você a partir desse momento vai entrar em contato com o nível superior. 
Senhoras e senhores leitores do Blog Evangelismo Sem Placas Nem Fronteiras, vamos a partir desse momento iniciarmos mais um, o quarto Evangelho no Lar.
Elevemos portanto nossos pensamentos para que assim possamos todos receber ajuda da espiritualidade.
Que nada venha roubar, interferir sua paz interior, seu equilíbrio físico-espiritual.
Você a partir desse momento vai entrar em contato com o nível superior.



III - NOTÍCIAS HISTÓRICAS 
Para compreender certas passagens dos Evangelhos, é necessário conhecer o significado de várias palavras que nele são empregadas, e que caracterizam os costumes e denominações da sociedade judaica dessa época. Essas palavras, não tendo para nós o mesmo sentido, frequentemente foram erradamente interpretadas, e por isso mesmo deixaram uma espécie de dúvida. A compreensão do que significam explica, por outro lado, o sentido verdadeiro de certos ensinos que parecem estranhos à primeira vista. SAMARITANOS.  Depois da separação das dez tribos, Samaria tornou-se a capital do reino dissidente de Israel. Destruída e reconstruída por várias vezes, ela foi, sob os Romanos, a sede da Samaria, uma das quatro divisões da Palestina. Herodes, dito o Grande, a embelezou, com suntuosos monumentos, e, para agradar Augusto, deu-lhe o nome de Augusta, que em grego quer dizer Sébaste. Os Samaritanos estiveram, quase sempre, em guerra com os reis de Judá. Um ódio profundo, datando da separação das tribos, perpetuou-se entre os dois reinos, que afastavam todas as relações recíprocas. Os Samaritanos, para tornar a separação mais profunda e não ter que ir a Jerusalém na celebração das festas religiosas, construíram um templo particular, e adotaram certas reformas. Eles não admitiam senão o Pentateuco contendo a lei de Moisés, rejeitando todos os livros que lhe foram adicionados depois. Seus livros religiosos eram escritos em caracteres hebreus antigos. Aos olhos dos Judeus ortodoxos, eles eram errados, e, por isso mesmo, desprezados, amaldiçoados e perseguidos. O antagonismo dos dois reinos tinha, pois, por único princípio a divergência das opiniões religiosas, embora suas crenças tivessem a mesma origem. Eram os Protestantes daquela época. Encontram-se, ainda hoje, Samaritanos em algumas regiões do Levante, particularmente em Naplouse e Jafta. Eles observam a lei de Moisés com mais rigor que os outros Judeus, e não fazem aliança senão entre eles. NAZARENOS.  Nome dado, na antiga lei, aos Judeus que faziam voto, seja por toda a vida física, seja por um tempo, de conservar certa pureza. Eles se obrigavam à castidade, à abstinência de álcool e à conservação da sua cabeleira. Sansão, Samuel e João Batista eram Nazarenos. Mais tarde, os Judeus deram esse nome aos primeiros cristãos, por alusão a Jesus de Nazaré. Este foi também o nome de uma seita dos primeiros séculos da era cristã que, da mesma forma que os Ebionitas, dos quais ela adotava certos princípios, misturava as práticas do mosaísmo com os dogmas cristãos. Essa seita desapareceu no quarto século.  PUBLICANOS.  Assim se chamavam, na antiga Roma, os cavaleiros cobradores das taxas públicas, encarregados do recolhimento dos impostos e das rendas de toda natureza, seja na própria Roma, seja em outras partes do Império. Eles eram iguais aos cobradores de impostos gerais do antigo regime na França, e tais como existem ainda em certas regiões. Os riscos que eles corriam faziam fechar os olhos sobre certas riquezas que, frequentemente, adquiriam, e que, em muitos, eram o produto de arbitrariedades e de benefícios escandalosos. O nome de publicano se estendeu mais tarde a todos aqueles que tinham a administração do dinheiro público e aos agentes subalternos. Hoje, esta palavra se toma em outro sentido para designar os financistas e agentes de negócios pouco escrupulosos. Diz-se algumas vezes: "Ávido como um publicano, rico como um publicano", para uma fortuna de origem desonesta. Da dominação romana, foi o imposto o que os Judeus menos aceitaram e o que lhes causava maior irritação, dando origem a várias revoltas e transformando-se numa questão religiosa, porque o olhavam como contrário à lei judaica. Formou-se mesmo um partido poderoso à frente do qual estava certo Judas, dito o Gaulonita, que tinha por princípio a recusa do imposto. Os Judeus tinham, pois, horror ao imposto e, por consequência, a todos aqueles que estavam encarregados de recebê-lo. Daí sua aversão pelos publicanos de todas as categorias, entre os quais poderiam se encontrar pessoas muito estimáveis, mas que, devido à sua função, eram desprezadas, assim como aqueles que com eles conviviam, e que eram confundidos na mesma reprovação. Os Judeus mais importantes acreditavam se comprometerem, com a lei judaica, ao ter com eles relações de amizade. Os PORTAGEIROS eram os cobradores de baixa categoria, encarregados principalmente da arrecadação dos direitos à entrada nas cidades. Suas funções correspondiam aproximadamente às dos guardas alfandegários e dos recebedores de barreira. Eles passavam pelo mesmo repúdio aplicado aos publicanos em geral. É por essa razão que, no Evangelho, encontra-se, frequentemente, o nome de publicano, ou portageiro, como sendo de gente de errada vida. Essa qualificação não implicava na de debochados e de pessoas de honra duvidosa. Era um termo de desprezo, sinônimo de pessoas de errada companhia, indignas de conviverem com pessoas que seguiam a lei judaica. FARISEUS (do Hebreu Parasch, divisão, separação).  A tradição formava uma parte importante da teologia judaica. Ela consistia na coletânea das interpretações sucessivas dadas sobre o sentido das Escrituras – velho testamento -, e que se tornavam artigos de dogma. Era, entre os doutores da lei, objeto de intermináveis discussões, o mais frequentemente sobre simples questões de palavras ou de forma, no gênero das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica da Idade Média. Daí nascerem diferentes seitas que pretendiam ter, cada uma, o monopólio da verdade, e, como acontece quase sempre, detestando-se politicamente umas às outras. Entre essas seitas, a mais influente era a dos Fariseus, que teve por chefe Hillel, doutor da lei, judeu nascido na Babilônia, fundador de uma escola célebre onde se ensinava que a fé não era devida senão às Escrituras. Sua origem remonta aos anos 180 ou 200 antes de Jesus, o Cristo. Os Fariseus foram perseguidos em diversas épocas, notadamente sob Hircânio, soberano pontífice e rei dos Judeus, Aristóbulo e Alexandre, rei da Síria. Entretanto, este último tendo lhes restituído suas honras e seus bens, eles recuperaram seu poder que conservaram até a ruína de Jerusalém, no ano 70 da era cristã, época na qual seu nome desapareceu em consequência da dispersão dos Judeus. Os Fariseus tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis observadores das práticas exteriores do culto e das cerimônias, cheios de um zelo ardente em aumentar os seus seguidores, adversários dos inovadores, eles aparentavam uma grande severidade de princípios. Mas, sob as aparências de uma devoção meticulosa, escondiam costumes dissolutos, muito orgulho, e, acima de tudo, uma paixão excessiva de dominação. A religião era para eles antes um meio de subir do que o objeto de uma fé sincera. Eles não tinham senão as aparências e a ostentação da virtude. Mas, com isso, exerciam uma grande influência sobre o povo, aos olhos do qual passavam por puros personagens. Por isso, eram muito poderosos em Jerusalém. Acreditavam, ou pelo menos faziam profissão de crer, na Providência, na imortalidade do Espírito, na eternidade das penas e na ressurreição dos mortos. Jesus, o Cristo, que estimava, antes de tudo, a simplicidade e as qualidades de coração, que preferia na lei o espírito que vivifica à letra que mata, se aplicou durante toda a sua missão, a lhes desmascarar a hipocrisia, e, por conseguinte, fez deles adversários obstinados. Por isso, aliaram-se aos chefes dos sacerdotes para levantar o povo contra ele e crucificá-lo. ESCRIBAS.  Nome dado, no princípio, aos secretários dos reis de Judá, ou a certos oficiais dos exércitos judeus. Mais tarde, esta designação foi aplicada especialmente aos doutores da lei que,  ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam ao povo. Eles estavam de acordo com os Fariseus, dos quais partilhavam os princípios e a antipatia contra os inovadores. Por isso, Jesus, o Cristo, os confunde na mesma reprovação. SINAGOGA (do grego Sunagogue, assembleia, congregação).  Não havia na Judéia senão um único templo, o de Salomão, em Jerusalém, onde se celebravam as grandes cerimônias do culto. Os judeus para aí seguiam todos os anos em peregrinação, para as principais festas, tais como as da Páscoa, da Dedicação e dos Tabernáculos. Foi nessas ocasiões que, para lá, Jesus, o Cristo, fez várias viagens. As outras cidades não tinham templos, mas sinagogas, edifícios onde os judeus se reuniam aos sábados para fazer preces públicas, sob a direção dos anciãos, dos escribas ou doutores da lei. Faziam-se aí, também, leituras tiradas dos livros religiosos que eram explicadas e comentadas. Cada um podia nelas tomar parte e, por isso, Jesus, o Cristo, sem ser sacerdote, ensinava nas sinagogas, nos dias de sábado. Depois da ruína de Jerusalém e da dispersão dos judeus, as sinagogas nas cidades que eles habitavam, serviam-lhes de templos para a celebração do culto. SADUCEUS.  Seita judia que se formou por volta do ano 248 a.C.; assim chamada em razão de Sadoc, seu fundador. Os Saduceus não acreditavam nem na imortalidade do Espírito, nem na ressurreição, nem nos Espíritos. Entretanto, eles acreditavam em Deus, mas não esperando nada depois da morte, não o servindo senão com o objetivo de recompensas temporais, ao que, segundo eles, se limitava sua providência. Também a satisfação dos sentidos era, a seus olhos, o objetivo essencial da vida. Quanto às Escrituras, eles se prendiam ao texto da lei antiga, não admitindo nem a tradição, nem nenhuma interpretação. Colocavam as boas obras e a execução pura e simples da lei, acima das práticas exteriores do culto. Eram, como se vê, os materialistas, os deístas e os sensualistas da época. Esta seita era pouco numerosa, mas contava com personalidades importantes, e tornou-se um partido político constantemente em oposição aos Fariseus. ESSÊNIOS ou ESSEUS, seita judia fundada por volta do ano 150 a.C., ao tempo dos Macabeus, e cujos membros, que habitavam espécies de monastérios, formavam entre eles uma espécie de associação moral e religiosa. Distinguiam-se pelos costumes brandos e virtudes austeras, ensinavam o amor a Deus e ao próximo, a imortalidade do Espírito, e acreditavam na ressurreição. Viviam no celibato, condenavam a servidão e a guerra, tinham seus bens em comum, e se entregavam à agricultura. Em oposição aos Saduceus sensuais que negavam a imortalidade, aos Fariseus rígidos para as práticas exteriores, e nos quais a virtude não era senão aparente, eles não tomavam nenhuma parte nas querelas que dividiam essas duas seitas. Seu gênero de vida se aproximava ao dos primeiros cristãos, e os princípios de moral que professavam fizeram algumas pessoas pensarem que Jesus, o Cristo, fez parte dessa seita antes do início de sua missão pública. O que é certo, é que ele deve tê-la conhecido, mas nada prova que a ela se filiou, e tudo o que se  escreveu a este respeito é hipotético (1). (1) O desencarne de Jesus, o Cristo, supostamente escrito por um irmão essênio, é um livro completamente falso, escrito com o objetivo de servir a uma opinião, e que encerra, em si mesmo, a prova da sua origem moderna. TERAPEUTAS (do grego thérapeutaï de thérapeueïn, servir, cuidar. Quer dizer, servidores de Deus ou curandeiros). Seita de judeus ao tempo de Jesus, o Cristo, estabelecidos principalmente em Alexandria, no Egito. Tinham uma grande semelhança com os Essênios, dos quais professavam os princípios. Como estes últimos, eles se entregavam à prática de todas as virtudes. Sua alimentação era de uma extrema frugalidade. Devotados ao celibato, à contemplação e à vida solitária, formavam uma verdadeira ordem religiosa. Fílon, filósofo judeu platônico de Alexandria, foi o primeiro que falou dos Terapeutas. Considerou-os uma seita do judaísmo. Eusébio, Jerônimo e outros pais da igreja católica pensavam que eram cristãos. Fossem judeus ou cristãos, é evidente que, da mesma forma que os Essênios, eles formam o traço de união entre o judaísmo e o Cristianismo. 

Explanação
Para uma ampla e completa compreensão do Evangelho faz-se necessário não apenas ter a mente aberta quanto as novas verdade que se descortinam ante os olhos como também principalmente exige da parte interessada em conhece-la e vivencia-la um certo conhecimento. Conhecimento este que só se tem mediante estudos diários, sistemáticos e disciplinados uma vez que para uma interpretação correta bem como aprendizado faz-se necessário ter conhecimento ao menos básico de história das civilizações conhecendo-se assim o contexto histórico em que o mesmo fora escrito, o porque daquilo ter sido dito, conhecer a época e os costumes da época. Evitando-se com isso achismos, dúvidas bem como uma falsa interpretação daquilo que está sendo exposto. O capítulo de hoje nos chama basicamente a compreensão. A compreensão do que significam explica, por outro lado, o sentido verdadeiro de certos ensinos que parecem estranhos à primeira vista.  Cada povo uma história, uma cultura uma experiência existencial. Somente mediante essa compreensão e correta interpretação pode-se adaptar aos dias atuais bem como vivencia-la ampla e corretamente. Uma vez que cada povo que nos sucedeu neste plano nos deixou de certa forma um legado, uma lição. Senão vejamos: SAMARITANOS.  Depois da separação das dez tribos, Samaria tornou-se a capital do reino dissidente de Israel. Destruída e reconstruída por várias vezes, ela foi, sob os Romanos, a sede da Samaria, uma das quatro divisões da Palestina. Herodes, dito o Grande, a embelezou, com suntuosos monumentos, e, para agradar Augusto, deu-lhe o nome de Augusta, que em grego quer dizer Sébaste. Os Samaritanos estiveram, quase sempre, em guerra com os reis de Judá. Um ódio profundo, datando da separação das tribos, perpetuou-se entre os dois reinos, que afastavam todas as relações recíprocas. Os Samaritanos, para tornar a separação mais profunda e não ter que ir a Jerusalém na celebração das festas religiosas, construíram um templo particular, e adotaram certas reformas. Eles não admitiam senão o Pentateuco contendo a lei de Moisés, rejeitando todos os livros que lhe foram adicionados depois. Seus livros religiosos eram escritos em caracteres hebreus antigos. Aos olhos dos Judeus ortodoxos, eles eram errados, e, por isso mesmo, desprezados, amaldiçoados e perseguidos. O antagonismo dos dois reinos tinha, pois, por único princípio a divergência das opiniões religiosas, embora suas crenças tivessem a mesma origem. Eram os Protestantes daquela época. Encontram-se, ainda hoje, Samaritanos em algumas regiões do Levante, particularmente em Naplouse e Jafta. Eles observam a lei de Moisés com mais rigor que os outros Judeus, e não fazem aliança senão entre eles. NAZARENOS.  Nome dado, na antiga lei, aos Judeus que faziam voto, seja por toda a vida física, seja por um tempo, de conservar certa pureza. Eles se obrigavam à castidade, à abstinência de álcool e à conservação da sua cabeleira. Sansão, Samuel e João Batista eram Nazarenos. Mais tarde, os Judeus deram esse nome aos primeiros cristãos, por alusão a Jesus de Nazaré. Este foi também o nome de uma seita dos primeiros séculos da era cristã que, da mesma forma que os Ebionitas, dos quais ela adotava certos princípios, misturava as práticas do mosaísmo com os dogmas cristãos. Essa seita desapareceu no quarto século.  PUBLICANOS.  Assim se chamavam, na antiga Roma, os cavaleiros cobradores das taxas públicas, encarregados do recolhimento dos impostos e das rendas de toda natureza, seja na própria Roma, seja em outras partes do Império. Eles eram iguais aos cobradores de impostos gerais do antigo regime na França, e tais como existem ainda em certas regiões. Os riscos que eles corriam faziam fechar os olhos sobre certas riquezas que, frequentemente, adquiriam, e que, em muitos, eram o produto de arbitrariedades e de benefícios escandalosos. O nome de publicano se estendeu mais tarde a todos aqueles que tinham a administração do dinheiro público e aos agentes subalternos. Hoje, esta palavra se toma em outro sentido para designar os financistas e agentes de negócios pouco escrupulosos. Diz-se algumas vezes: "Ávido como um publicano, rico como um publicano", para uma fortuna de origem desonesta. Da dominação romana, foi o imposto o que os Judeus menos aceitaram e o que lhes causava maior irritação, dando origem a várias revoltas e transformando-se numa questão religiosa, porque o olhavam como contrário à lei judaica. Formou-se mesmo um partido poderoso à frente do qual estava certo Judas, dito o Gaulonita, que tinha por princípio a recusa do imposto. Os Judeus tinham, pois, horror ao imposto e, por consequência, a todos aqueles que estavam encarregados de recebê-lo. Daí sua aversão pelos publicanos de todas as categorias, entre os quais poderiam se encontrar pessoas muito estimáveis, mas que, devido à sua função, eram desprezadas, assim como aqueles que com eles conviviam, e que eram confundidos na mesma reprovação. Os Judeus mais importantes acreditavam se comprometerem, com a lei judaica, ao ter com eles relações de amizade.  Os PORTAGEIROS eram os cobradores de baixa categoria, encarregados principalmente da arrecadação dos direitos à entrada nas cidades. Suas funções correspondiam aproximadamente às dos guardas alfandegários e dos recebedores de barreira. Eles passavam pelo mesmo repúdio aplicado aos publicanos em geral. É por essa razão que, no Evangelho, encontra-se, frequentemente, o nome de publicano, ou portageiro, como sendo de gente de errada vida. Essa qualificação não implicava na de debochados e de pessoas de honra duvidosa. Era um termo de desprezo, sinônimo de pessoas de errada companhia, indignas de conviverem com pessoas que seguiam a lei judaica.  FARISEUS (do Hebreu Parasch, divisão, separação).  A tradição formava uma parte importante da teologia judaica. Ela consistia na coletânea das interpretações sucessivas dadas sobre o sentido das Escrituras – velho testamento -, e que se tornavam artigos de dogma. Era, entre os doutores da lei, objeto de intermináveis discussões, o mais frequentemente sobre simples questões de palavras ou de forma, no gênero das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica da Idade Média. Daí nascerem diferentes seitas que pretendiam ter, cada uma, o monopólio da verdade, e, como acontece quase sempre, detestando-se politicamente umas às outras. Entre essas seitas, a mais influente era a dos Fariseus, que teve por chefe Hillel, doutor da lei, judeu nascido na Babilônia, fundador de uma escola célebre onde se ensinava que a fé não era devida senão às Escrituras. Sua origem remonta aos anos 180 ou 200 antes de Jesus, o Cristo. Os Fariseus foram perseguidos em diversas épocas, notadamente sob Hircânio, soberano pontífice e rei dos Judeus, Aristóbulo e Alexandre, rei da Síria. Entretanto, este último tendo lhes restituído suas honras e seus bens, eles recuperaram seu poder que conservaram até a ruína de Jerusalém, no ano 70 da era cristã, época na qual seu nome desapareceu em consequência da dispersão dos Judeus. Os Fariseus tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis observadores das práticas exteriores do culto e das cerimônias, cheios de um zelo ardente em aumentar os seus seguidores, adversários dos inovadores, eles aparentavam uma grande severidade de princípios. Mas, sob as aparências de uma devoção meticulosa, escondiam costumes dissolutos, muito orgulho, e, acima de tudo, uma paixão excessiva de dominação. A religião era para eles antes um meio de subir do que o objeto de uma fé sincera. Eles não tinham senão as aparências e a ostentação da virtude. Mas, com isso, exerciam uma grande influência sobre o povo, aos olhos do qual passavam por puros personagens. Por isso, eram muito poderosos em Jerusalém. Acreditavam, ou pelo menos faziam profissão de crer, na Providência, na imortalidade do Espírito, na eternidade das penas e na ressurreição dos mortos. Jesus, o Cristo, que estimava, antes de tudo, a simplicidade e as qualidades de coração, que preferia na lei o espírito que vivifica à letra que mata, se aplicou durante toda a sua missão, a lhes desmascarar a hipocrisia, e, por conseguinte, fez deles adversários obstinados. Por isso, aliaram-se aos chefes dos sacerdotes para levantar o povo contra ele e crucificá-lo.  ESCRIBAS.  Nome dado, no princípio, aos secretários dos reis de Judá, ou a certos oficiais dos exércitos judeus. Mais tarde, esta designação foi aplicada especialmente aos doutores da lei que,  ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam ao povo. Eles estavam de acordo com os Fariseus, dos quais partilhavam os princípios e a antipatia contra os inovadores. Por isso, Jesus, o Cristo, os confunde na mesma reprovação.  SINAGOGA (do grego Sunagogue, assembleia, congregação).  Não havia na Judéia senão um único templo, o de Salomão, em Jerusalém, onde se celebravam as grandes cerimônias do culto. Os judeus para aí seguiam todos os anos em peregrinação, para as principais festas, tais como as da Páscoa, da Dedicação e dos Tabernáculos. Foi nessas ocasiões que, para lá, Jesus, o Cristo, fez várias viagens. As outras cidades não tinham templos, mas sinagogas, edifícios onde os judeus se reuniam aos sábados para fazer preces públicas, sob a direção dos anciãos, dos escribas ou doutores da lei. Faziam-se aí, também, leituras tiradas dos livros religiosos que eram explicadas e comentadas. Cada um podia nelas tomar parte e, por isso, Jesus, o Cristo, sem ser sacerdote, ensinava nas sinagogas, nos dias de sábado. Depois da ruína de Jerusalém e da dispersão dos judeus, as sinagogas nas cidades que eles habitavam, serviam-lhes de templos para a celebração do culto. SADUCEUS.  Seita judia que se formou por volta do ano 248 a.C.; assim chamada em razão de Sadoc, seu fundador. Os Saduceus não acreditavam nem na imortalidade do Espírito, nem na ressurreição, nem nos Espíritos. Entretanto, eles acreditavam em Deus, mas não esperando nada depois da morte, não o servindo senão com o objetivo de recompensas temporais, ao que, segundo eles, se limitava sua providência. Também a satisfação dos sentidos era, a seus olhos, o objetivo essencial da vida. Quanto às Escrituras, eles se prendiam ao texto da lei antiga, não admitindo nem a tradição, nem nenhuma interpretação. Colocavam as boas obras e a execução pura e simples da lei, acima das práticas exteriores do culto. Eram, como se vê, os materialistas, os deístas e os sensualistas da época. Esta seita era pouco numerosa, mas contava com personalidades importantes, e tornou-se um partido político constantemente em oposição aos Fariseus. ESSÊNIOS ou ESSEUS, seita judia fundada por volta do ano 150 a.C., ao tempo dos Macabeus, e cujos membros, que habitavam espécies de monastérios, formavam entre eles uma espécie de associação moral e religiosa. Distinguiam-se pelos costumes brandos e virtudes austeras, ensinavam o amor a Deus e ao próximo, a imortalidade do Espírito, e acreditavam na ressurreição. Viviam no celibato, condenavam a servidão e a guerra, tinham seus bens em comum, e se entregavam à agricultura. Em oposição aos Saduceus sensuais que negavam a imortalidade, aos Fariseus rígidos para as práticas exteriores, e nos quais a virtude não era senão aparente, eles não tomavam nenhuma parte nas querelas que dividiam essas duas seitas. Seu gênero de vida se aproximava ao dos primeiros cristãos, e os princípios de moral que professavam fizeram algumas pessoas pensarem que Jesus, o Cristo, fez parte dessa seita antes do início de sua missão pública. O que é certo, é que ele deve tê-la conhecido, mas nada prova que a ela se filiou, e tudo o que se  escreveu a este respeito é hipotético (1). (1) O desencarne de Jesus, o Cristo, supostamente escrito por um irmão essênio, é um livro completamente falso, escrito com o objetivo de servir a uma opinião, e que encerra, em si mesmo, a prova da sua origem moderna.  TERAPEUTAS (do grego thérapeutaï de thérapeueïn, servir, cuidar. Quer dizer, servidores de Deus ou curandeiros). Seita de judeus ao tempo de Jesus, o Cristo, estabelecidos principalmente em Alexandria, no Egito. Tinham uma grande semelhança com os Essênios, dos quais professavam os princípios. Como estes últimos, eles se entregavam à prática de todas as virtudes. Sua alimentação era de uma extrema frugalidade. Devotados ao celibato, à contemplação e à vida solitária, formavam uma verdadeira ordem religiosa. Fílon, filósofo judeu platônico de Alexandria, foi o primeiro que falou dos Terapeutas. Considerou-os uma seita do judaísmo. Eusébio, Jerônimo e outros pais da igreja católica pensavam que eram cristãos. Fossem judeus ou cristãos, é evidente que, da mesma forma que os Essênios, eles formam o traço de união entre o judaísmo e o Cristianismo. Para que se entenda o Evangelho em sua natureza faz-se necessários sucessivas leituras. De capítulos inteiros não apenas versículos isolados. Uma vez que a compreensão do que significam explica, por outro lado, o sentido verdadeiro de certos ensinos que parecem estranhos à primeira vista. E isso ou seja a real compreensão e entendimento do que lá está exposto só se consegue mediante uma leitura aprofundada. Isso não se consegue de uma hora para outra, de um dia para outro ou a partir de pontos isolados. Algumas palavras, por não terem para nós o mesmo sentido, frequentemente foram erradamente interpretadas, e por isso mesmo deixaram uma espécie de dúvida. Trechos aqui, trechos ali muitas vezes induzem ao erro, ou a uma interpretação falha, incompleta. Tornando o Evangelho uma das partes senão a mais importante de toda Escritura praticamente incompreensível. Uma vez o real entendimento do Evangelho fica incompreensível, não claro toda a leitura da Escritura fica comprometida já que o Antigo Testamento nos remete de forma subliminar as bos novas contidas no Novo Testamento, mais especificamente no Evangelho. Caríssimos o Evangelho significa boas novas, véu rasgado a verdade que antes se nos era oculta agora resplandece as nossas vistas. E essa auspiciosa novidade tem a ver com os ensinamentos e exemplos de Jesus. Onde Cristo se nos entrega todo o vasto conhecimento de Deus. Em outras palavras o Evangelho não apenas é atemporal, ou seja está além do tempo como podemos dizer sem medo de errar, pecar pelo exagero o mais elevado código moral. Ou seja o Evangelho não foi feito apenas para ser lido, mas principalmente vivenciado no dia a dia uma vez que o mesmo nos dá a direção certa rumo a perfeição moral e espiritual. Transformando não apenas o nosso mundo pessoal mas o mundo ao nosso redor como um todo derrubando de uma vez por todas toda pedra de tropeço. Ou seja toda vaidade, corrupção, imoralidade tudo que nos bestializa e por conseguinte se nos afastam de Deus sumiriam. Leia mais o Evangelho, separe diariamente uma hora do teu dia para aquilo que realmente vai ajudar no teu progresso. Divertir-se não é errado, não há crime ou pecado algum nisso. Muito pelo contrário, todos nós precisamos, o problema se forma quando a diversão vem a consumir todo teu tempo, Hoje você é convidado a analisar como aproveita seu tempo. O que você tem feito de diferente? Será que você esta fazendo a diferença? Criando oportunidades? O tempo é curto, a vida é um sopro. E você não sabe o amanhã.

Fluidificação da Água
                     
Pedimos a partir desse momento o auxílio dos bons espíritos, de modo especial a corrente amiga do Dr. Bezerra de Menezes para que as águas sejam fluídas. Depositando na mesma todos os remédios necessários.



Encerramos aqui mais um Evangelho no Lar. Que este Evangelho nos ajude nesta caminhada Terrena, nos auxilie. Pedimos ainda a proteção de Deus para todos nós de um modo especial aos nossos familiares afins e àqueles que nos são difíceis. Pedimos também o auxilio aos nossos espíritos amigos, mentores que com suas inspirações e conselhos possamos ter nossas vidas transformadas de dentro para fora impedindo assim a ação e investida de espíritos deletérios, espíritos inferiores em nossas vidas. Tenham todos uma excelente e abençoada noite. Que a bondade divina inunde seu coração, sua mente.  Que a luz divina se faça presente em seu lar, em sua família e em sua vida. Que a sabedoria divina se faça sempre presente em sua vida, principalmente nos momentos decisórios, ante os problemas e dissabores da vida. Tudo aqui é transitório, da mesma forma como os problemas, dissabores, decepções veem, aparecem muitas das vezes tão repentinamente que ficamos sem ação. Nós mesmos estamos aqui apenas de passagem, somos apenas turistas nesse plano. Hoje, agora estamos aqui. Mas quem garante que nós vamos permanecer neste plano até o amanhecer. Não é mesmo? Então tendo ciência dessa verdade viva de maneira intensa, como senão houvesse amanhã. Porém de maneira responsável, íntegra. O que plantamos hoje amanhã quer seja neste plano ou no outro será por nós mesmos colhidos. Ame, perdoe. Evite julgamentos apressados, discussões desnecessárias, inimizades. Sigam em paz e que o Senhor vos acompanhe

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