Estudo Bíblico - Levíticos 2


E quando alguma pessoa oferecer oferta de alimentos ao SENHOR, a sua oferta será de flor de farinha, e nela deitará azeite, e porá o incenso sobre ela; 
E a trará aos filhos de Arão, os sacerdotes, um dos quais tomará dela um punhado da flor de farinha, e do seu azeite com todo o seu incenso; e o sacerdote queimará como memorial sobre o altar; oferta queimada é, de cheiro suave ao Senhor. 
E o que sobejar da oferta de alimentos, será de Arão e de seus filhos; coisa santíssima é, das ofertas queimadas ao Senhor. 
E, quando ofereceres oferta de alimentos, cozida no forno, será de bolos ázimos de flor de farinha, amassados com azeite, e coscorões ázimos untados com azeite. 
E, se a tua oferta for oferta de alimentos cozida na caçoula, será da flor de farinha sem fermento, amassada com azeite. 
Em pedaços a partirás, e sobre ela deitarás azeite; oferta é de alimentos. 
E, se a tua oferta for oferta de alimentos de frigideira, far-se-á da flor de farinha com azeite. 
Então trarás a oferta de alimentos, que se fará daquilo, ao Senhor; e se apresentará ao sacerdote, o qual a levará ao altar.
E o sacerdote tomará daquela oferta de alimentos como memorial, e a queimará sobre o altar; oferta queimada é de cheiro suave ao Senhor. 
E, o que sobejar da oferta de alimentos, será de Arão e de seus filhos; coisa santíssima é, das ofertas queimadas ao Senhor. 
Nenhuma oferta de alimentos, que oferecerdes ao Senhor, se fará com fermento; porque de nenhum fermento, nem de mel algum, oferecereis oferta queimada ao Senhor. 
Deles oferecereis ao Senhor por oferta das primícias; porém sobre o altar não subirão por cheiro suave. 
E todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal; e não deixarás faltar à tua oferta de alimentos o sal da aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal. 
E, se fizeres ao Senhor oferta de alimentos das primícias, oferecerás como oferta de alimentos das tuas primícias de espigas verdes, tostadas ao fogo; isto é, do grão trilhado de espigas verdes cheias. 
E sobre ela deitarás azeite, e porás sobre ela incenso; oferta é de alimentos. 
Assim o sacerdote queimará o seu memorial do seu grão trilhado, e do seu azeite, com todo o seu incenso; oferta queimada é ao Senhor. 
Levítico 2:1-16

Neste capítulo veremos as ofertas apresentadas ao Senhor Deus. Ofertas estas que tanto podiam ser animais como alimentos. Estas ofertas eram apresentadas a Deus como um presente ao mesmo por todas as maravilhas constantes operadas na vida dos presentes ali. Não era nada imposto, muito pelo contrário. Cada um apresentava segundo o seu coração. E Deus se agradava enormemente, tanto que não permitia que faltasse alimento na mesa dos presentes. Como vimos no capítulo anterior, existia o que podemos definir como um manual sacrificial, que vamos assim dizer quanto aos animais a serem abatidos, bem como deveriam ser abatidos e o que deveria acontecer depois e como seriam e deveriam ser os demais sacrifícios (alimentos no caso) . Uma coisa que podemos observar quanto aos sacrifícios no antigo Testamento é quanto a proibição do uso de fermento na execução. Em Levítico 2:11, Deus disse: “Nenhuma oferta de manjares, que fizerdes ao Senhor, se fará com fermento; porque de nenhum fermento, e de mel nenhum queimareis por oferta ao Senhor.” O fermento era visto como anátema, algo negativo. Que remetia ao pecado. Por isso os sacrifícios que envolviam alimentos não podiam conter fermento. O fermento na visão deles era impuro, e, como toda oferta apresentada ao Senhor Deus não podia conter impureza, mácula, daí a negativa quanto ao fermento. Pão este cujo único tempero é o sal que significa a aliança de Deus com o povo. Outro significado para a negativa do fermento: Eles tinham um tempo de validade muito maior por não conterem fermento. O povo costumava fazer aos montes, para poder consumir durante muito tempo. Por causa da quantidade deste pão produzida para a festa, no antigo testamento a Páscoa também era chamada de festa do pães ázimos.  O pão que se comia durante os sete dias das festas de Páscoa devia ser amassado sem fermento. Era os “massot” ou “pães ázimos”. Também estava prescrito que se varressem todos os cantos das casas, para que não ficasse dentro sequer um grão de fermento. A mentalidade primitiva via na fermentação do pão um símbolo de decomposição e morte. Por isso, o costume de comer pães mais “puros” na festa. Os pães ázimos eram feitos em forma de tortas, um tanto grossas.  Lembravam os pães que os israelitas haviam levado do Egito em sua fuga, sem ter tempo de esperar que a massa crescesse e fermentasse. Outro sacrifício cujo significado é subliminar, mais profundo, espiritual que remete a algo que iria mudar mais a frente os rumos de toda a humanidade. Deus como sabemos é a expressão máxima da perfeição e até aquele dado momento o Messias ainda não havia encarnado em nosso meio e cumprir com sua missão sacrificial e não havia alguém perfeitamente puro, sem a mancha do pecado havia portanto a necessidade de sacrifícios de sangue. Uma vez como sabemos que o pecado por ser um crime de sangue o mesmo só pode ser pago com sangue, sangue inocente. E Deus sendo perfeito não poderia falar diretamente com o povo até aquele momento, pois sua chama consumidora iria simplesmente dizimar a todos e não era isso que Deus queria, sendo assim, o mesmo naquele momento não falava diretamente ao povo, falava ou por meio de homens de sua inteira confiança, homens escolhidos a dedos por assim dizer ou por intermédio de sacrifícios de animais que é exatamente o que vemos aqui. Não que Deus seja sanguinário, nada disso mas justamente por causa do pecado que como vimos anteriormente aqui. Perante Ele o pecado é tão abominável que é considerado crime de sangue, e crime de sangue só se é pago com sangue. Deus na realidade nunca se agradou do sofrimento de quem quer que seja, animal, gente. Mas havia até aquele momento essa necessidade vamos assim dizer. De forma subliminar esses sacrifícios de sangue vem a nos remeter a algo muito maior, grandioso. Algo que viria mudar os rumos da humanidade. O sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo. Senão vejamos: os animais deveriam ser todos do sexo masculino, sem mancha, sem mácula, sem o menor defeito. Temos aqui a descrição do próprio Jesus, suas características. Cristo em vida nunca conheceu o pecado, era um homem perfeito, integro. Sem mácula física nem espiritual. Se formos ler bem atentamente, veremos que esses animais são apenas meros coadjuvantes, meras representações do sacrifício de Cristo na Cruz do Calvário.

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