Estudo da Doutrina - Livro A Gênese Por Allan Kardec
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18. A Ciência moderna abandonou os quatro elementos primitivos dos antigos e, de observação em observação, chegou à concepção de um só elemento gerador de todas as transformações da matéria; mas, a matéria, por si só, é inerte; carecendo de vida, de pensamento, de sentimento, precisa estar unida ao princípio espiritual. O Espiritismo não descobriu, nem inventou este princípio; mas, foi o primeiro a demonstrar-lhe, por provas inconcussas, a existência; estudou-o, analisou-o e tornou-lhe evidente a ação. Ao elemento material , juntou ele o elemento espiritual. Elemento material e elemento espiritual , esses os dois princípios, as duas forças vivas da Natureza. Pela união indissolúvel deles, facilmente se explica uma multidão de fatos até então inexplicáveis. O Espiritismo, tendo por objeto o estudo de um dos elementos constitutivos do Universo, toca forçosamente na maior parte das ciências; só podia, portanto, vir depois da elaboração delas; nasceu pela força mesma das coisas, pela impossibilidade de tudo se explicar com o auxílio apenas das leis da matéria.
O modelo racional, que preside a Ciência Atual, desenvolveu-se a partir da revolução científica do século XVI. Só a partir do século XIX é que esse modelo se estende para as Ciências Sociais ou Humanas (Sociologia, Antropologia, História, Psicologia, etc).
Onde o mundo bem como seus fenômenos tornaram-se por assim o dizer apenas “máquina passiva”, um mecanismo cego, com condução determinística.
Pode-se dizer também que o modelo de conhecimento científico das Ciências Naturais (ou Exatas) se tornou o único modelo válido de conhecimento.
Suscitando com isso uma digamos, crise uma vez que tudo que é único humanisticamente falando é também passível de falha, uma vez que o universo, o próprio ser humano é grande, vasto muito maior do que se pensa, do se julga saber. Gerando desequilíbrio no que tange a novas descobertas que viriam a favorecer a humanidade como um todo, uma vez que o homem adotou uma postura arrogante, julgando já saber de tudo, julgando tudo ter descoberto.
A Ciência moderna abandonou os quatro elementos primitivos dos antigos e, de observação em observação, chegou à concepção de um só elemento gerador de todas as transformações da matéria; mas, a matéria, por si só, é inerte; carecendo de vida, de pensamento, de sentimento, precisa estar unida ao princípio espiritual.
Em outras palavras nem tudo começa e termina por aqui tal qual a ciência muitas vezes nos afirma. Nem tudo é humanamente explicável, nem tudo é espiritualmente explicável.
Muitas vezes o que julgamos ser espiritual é algo explicável humanamente da mesma forma o que julgamos ser humanamente explicável não tem causa, principio humano mas espiritual.
Nossa própria existência é por si só um mistério. De onde viemos, para onde vamos? O porque de nossa existência? Qual o real propósito de nossa existência?
A ciência até pode explicar nossa origem, mas, e quanto ao porque de nossa existência, qual o propósito?
O Espiritismo não descobriu, nem inventou este princípio; mas, foi o primeiro a demonstrar-lhe, por provas inconcussas, a existência; estudou-o, analisou-o e tornou-lhe evidente a ação. Ao elemento material , juntou ele o elemento espiritual. Elemento material e elemento espiritual , esses os dois princípios, as duas forças vivas da Natureza. Pela união indissolúvel deles, facilmente se explica uma multidão de fatos até então inexplicáveis. O Espiritismo, tendo por objeto o estudo de um dos elementos constitutivos do Universo, toca forçosamente na maior parte das ciências; só podia, portanto, vir depois da elaboração delas; nasceu pela força mesma das coisas, pela impossibilidade de tudo se explicar com o auxílio apenas das leis da matéria.
"Kardec afirma, no Preâmbulo do livro “O que é Espiritismo?”, o seguinte:
“O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações”. Logo em seguida, contudo, Kardec explica porque não define, em regra, o Espiritismo como uma religião: “Por que, então, temos declarado que o Espiritismo não é uma religião? Em razão de não haver senão uma palavra para exprimir duas idéias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; porque desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí mais que uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes a opinião se levantou”. No item 8, do Capítulo I, do Evangelho segundo o Espiritismo, Kardec sustenta que a inteligência humana separou indevidamente ciência como o estudo da matéria e religião como o estudo do que é metafísico, mas que é preciso religar essas visões, interpenetrá-las. Não se percebendo essas questões e não se aprofundando na intelectualidade científica e filosófica do Espiritismo, fica muito mais difícil compreender quais são as leis morais e como segui-las para que se obtenha mais felicidade, pois amor, humildade e caridade são sentimentos sobre os quais quase todos falam e julgam ser seus praticantes mais fiéis. A fé, quando não pautada na razão, se torna guia de menor utilidade, perigosa e pode levar ao fanatismo. Quanto a ciência e filosofia, a interconexão delas é tema de estudo antigo fora do Espiritismo. O reducionismo separou aquele conhecimento mais afirmativo, que se experimenta e sobre o que se pretende encontrar verdades por meio de teorias testadas, daquele que é mais questionador, reflexivo, que se testa apenas pela razão e pela intuição. No final das contas, ciência sem filosofia é um conjunto de teorias frias, com pouca capacidade de trazer o progresso por falta de um profundo questionamento crítico, e filosofia sem ciência é um conjunto de abstrações soltas, sem grande aderência à prática, sem experimentação. Fonte: https://jornalggn.com.br/noticia/a-ciencia-espirita-por-marcos-villas-boas"
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