Estudo da Doutrina - Livro A Gênese Por Allan Kardec


50. A terceira revelação, vinda numa época de emancipação e madureza intelectual,  em que a inteligência, já desenvolvida, não se resigna a representar papel passivo;  em que o homem nada aceita às cegas, mas quer ver aonde o conduzem, quer saber o  porquê e o como de cada coisa — tinha ela que ser ao mesmo tempo o produto de  um ensino e o fruto do trabalho, da pesquisa e do livre ­exame. Os Espíritos não ensinam senão justamente o que é  mister para  guiá-­lo no caminho da  verdade, mas abstêm-­se de revelar o que o homem pode descobrir  por  si  mesmo, deixando-lhe o cuidado de discutir, verificar e submeter tudo ao cadinho da razão, deixando mesmo,  muitas vezes, que adquira experiência à sua custa. Fornecem-­lhe o princípio, os  materiais; cabe-­lhe a ele aproveitá-los e pô-los em obra (nº 15). 


Ou seja, a terceira revelação vem a ser a capacidade de tecer pensamentos, ter senso critico apurado. O homem deixou de ser um ser passivo em que tudo aceitava passivamente para agora inteligentemente tecer juízos, opiniões acerca de tudo que o rodeia.
Uma vez que agora o véu encontra-se rasgado. Véu rasgado, verdade revelada. O medo e a ignorância que antes cercava a humanidade agora veio a cair por terra.
Quanto mais adiantado moralmente e socialmente uma sociedade, maior será seu senso critico, sua capacidade de tecer opiniões, discutir ideias. Fazer novas descobertas tanto no âmbito social como no individual.
A função maior dos mentores, amigos espirituais é exatamente essa: não pensar, agir por seus tutelados mas auxilia-los, guiá-los no caminho da reta verdade. Por meio de inspirações, sugestões sempre respeitando o livre arbítrio e o tempo de cada um no que tange a aceitação ou não das mesmas bem como lhes permitir discutir, verificar e por fim decidir ou não se aquilo é o melhor para o momento por ele vivido. 


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