Séries Especiais - Sociedades Secretas



Irmandade Pitagórica

Irmandade Pitagórica foi formada por Pitágoras, na qual todas as informações eram transmitidas através da fala, não sendo registrado na forma escrita, este grupo formado por discípulos de Pitágoras se estendeu por séculos após a morte de seu fundador, mantendo uma grande quantidade de conhecimento entre seus membros.
Os pitagóricos trocavam conhecimentos sobre temas variados. Eram inteligentes, deviam entender ensinamentos e dar novas idéias. Doavam seus bens para a irmandade e não comiam carne. Juravam não revelar descobertas científicas da sociedade para o mundo. A pena para os desobedientes era a morte.
Acreditavam que as relações entre os números revelariam segredos do universo e colocariam o homem próximo dos deuses. Para eles, os números pares e ímpares eram opostos. Como a sua soma forma novos números, representa a perfeita conciliação de contrários. A realidade funcionaria da mesma forma. As coisas são criadas por idéias opostas e é da oposição que surge o equilíbrio e a harmonia do universo.
Pitágoras proibia seus pupilos de estudar ou divulgar números irracionais. Ele os odiava porque contradiziam a teoria dos números como representantes da harmonia do universo. Os irracionais não são inteiros (1, 2 etc.), frações (1/2, 2/3 etc.) ou números decimais, que seguem um padrão (no caso do número 0,22222…, por exemplo, o dois é repetido infinitamente). O número irracional é irregular, como a raiz quadrada de dois, que é igual a 1,414213562373…! O aluno Hipaso descobriu que esse era um número diferente dos que os gregos conheciam e contou ao mestre. Pitágoras o condenou à morte.
O conteúdo aprendido na escola era protegido por um voto de silêncio; os ensinamentos de Pitágoras não deveriam ser passados a não membros. A existência da comunidade ou seita pitagórica é confirmada, mas é difícil dizer qual pode ter sido o conteúdo científico ou filosófico ensinado na escola. 
Os pitagóricos provaram o teorema, mas não deixaram registrada nenhuma prova. Euclides (360 a.C.-295 a.C.), mais de dois séculos depois, escreve em seu livro Elementos algumas demonstrações. Acredita-se que pelo menos uma delas é de origem pitagórica. A ordem pitagórica era extremamente discreta acerca de seus conhecimentos matemáticos; estes eram considerados seus maiores segredos. Reza a lenda que alguns membros foram assassinados por revelarem conceitos matemáticos, ou até mesmo, os ritos da seita. A tradição diz que, devido a intrigas políticas, talvez por não revelarem seus segredos, Pitágoras e seus seguidores foram obrigados a sair de Crotona. Estabeleceram-se então em Metaponto. Ali a sociedade secreta perdurou por algum tempo, até a morte de seu líder, por volta de 500 a.C. Nada se sabe a respeito da morte de Pitágoras. Alguns dizem que foi queimado, juntamente com outros pitagóricos, pelo povo enfurecido por não poder saber os segredos da seita. Após a morte do fundador, o pitagorismo, ainda que enfraquecido, continuou a se propagar em todo o sul da Itália. Alguns autores citam que algumas casas comunitárias (onde os pitagóricos moravam) foram também incendiadas pela população descontente.

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