Cristo em sua realeza despojou-se da mesma ao lavar os pés de seus apóstolos, remetendo-nos a sermos humildes com Ele



Numa quinta-feira como esta a milênios atrás Cristo despojou-se mais uma vez de sua realeza.
O Rei fez-se servo.
Poucas horas antes de seu desencarne, Cristo reuniu-se mais uma vez com seus apóstolos e juntos celebraram a Páscoa.
Cristo muito em breve seria traído, entregue, sofreria as piores humilhações, os piores escárnios, as piores dores. 
O mesmo numa quinta-feira como esta quis aproveitar ao máximo seus últimos momentos com com seus amigos, seus apóstolos.
Quando em dado momento Cristo, levantou-se da mesa, pegou uma vasilha, encheu-a com água e pegou uma toalha.
Dirigiu-se a seus apóstolos e pôs-se a lavar os pés dos mesmos.
O Rei fez-se servo.
Segundo a tradição da época o hábito de lavar os pés do outro era visto com maus olhos, uma humilhação diria, o que se nos explica a reação de Pedro.
Com este gesto Cristo nos deixou uma grande lição muito conhecida porém pouco seguida ou quase nada seguida.
Qual?
A humildade, a pôr-se na condição de servo, a fazer-se pequeno.
Muitos hoje em dia vivem em busca de títulos, de reconhecimento, bens, dinheiro.
Muitos hoje em dia são arrogantes, petulantes, tratam a quem julgam inferior desrespeitosamente, muitas vezes os humilham em público.
Andando assim na contra-mão de todos os ensinamentos do maior homem que já pisou nesta terra.
Cristo em sua existência terrena era inimigo ferrenho das regras e convenções sociais. Fez-se próximo de quem os maiorais daquela época consideravam inferiores, quase animais.
Mulheres, pobres, doentes, prostitutas, pessoas de outras raças, credos e etnias.
Enquanto os líderes religiosos e governamentais fazia dissensão destes Cristo chamava-os para si pois os via como iguais.
Enquanto a estes pequeninos e desprezados da sociedade Cristo tratava de maneira dócil e mansa aos grandes líderes religiosos Cristo dispendia tratamento duro e severo chamando-os na maioria das vezes de hipócritas.
Trazendo um pouco para cada um de nós.
Quantas vezes só tratamos bem uma pessoa apenas pelo fato das mesmas ocuparem um cargo importante na sociedade ou mesmo por possuírem um título, e aquele irmão necessitado que bate em nossa porta pedindo apenas o pão o enxotamos como a um cão sarnento, alguém vil e desprezível? 
Todas as vezes que agimos assim estamos nos igualando àqueles que Cristo desprezava e dispendia o título de hipócritas.
Se queremos ser fieis seguidores de Cristo devemos abrir mão de muita coisa, não materialmente falando, mas espiritualmente.
Se queremos ser amigos de Cristo devemos sair da condição de maiorais e fazermo-nos pequenos, servos uns dos outros. Parar com essa mania besta de enxergar apenas o exterior e enxergar apenas e acima de tudo o interior do outro.
Parar com a mania de julgar o outro por seu credo, por sua raça, por seu gênero.
Todas as vezes que fazemos dissenção de quem quer que seja estamos afastando a Cristo de nós, enxotando a Cristo, pois Cristo não está em lugares luxuosos, lugares ornados de ouro e pedrarias preciosas.
Cristo está onde o pobre, o faminto, o doente, o discriminado está.
Pense nisso.

Comentários

  1. Bela postagem. Espiritual e não fugiu do contexto. Para seguirmos a Cristo temos que abrir mão do que somos. Renunciar ao mundo. E ver no outro uma extensão de si próprio.

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