Religiões pelo mundo - Cristianismo (penúltima parte)


Jesus


Outro ponto crucial para os cristãos é o da centralidade da figura de Jesus Cristo. Os cristãos reconhecem a importância dos ensinamentos morais de Jesus, entre os quais salientam o amor a Deus e ao próximo, e consideram a sua vida como um exemplo a seguir. O cristianismo reconhece Jesus como o Filho de Deus que veio à Terra libertar e salvar os seres humanos do pecado através da sua morte na cruz e da sua ressurreição, embora variem entre si quanto ao significado desta salvação e como ela se dará. Para a maioria dos cristãos, Jesus é completamente divino e completamente humano.
Há no entanto, uma recorrente discussão sobre a divindade de Jesus. Aqueles que questionam a divindade de Cristo argumentam que ele jamais teria afirmado isso expressamente. Os que defendem a divindade de Cristo, por sua vez, valem-se de versículos que, através da postura de Jesus e dentro do próprio contexto cultural judaico da época, deixariam clara sua condição divina.
De acordo com a fé cristã, Deus mandou ao mundo seu filho para ser o salvador (messias) dos homens. Este, seria o responsável por divulgar a palavra de Deus entre os homens. Muitos cristãos acreditam que Jesus foi o próprio Deus encarnado, que morreu na cruz para redimir nossos pecados.
Jesus foi perseguido pelos romanos, porém deu sua vida pelos homens. Ressuscitou no terceiro dia após a morte na cruz e foi para o céu. Ofereceu a possibilidade da salvação e da vida eterna após a morte, a todos aqueles que acreditam em Deus e seguem seus mandamentos.
O cristianismo acredita que a fé em Jesus Cristo proporciona aos seres humanos a salvação e a vida eterna. «Pois Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.» (João 3:16)
Os ideais de Jesus espalharam-se rapidamente pela Ásia, Europa e África, principalmente entre a população mais carente, pois eram mensagens de paz, amor e respeito. Os apóstolos, durante o século I, se encarregaram de tal tarefa.
A religião cristã fez tantos seguidores que, no ano de 313 da nossa era, o imperador Constantino I concedeu liberdade de culto religioso, através do Édito de Milão. No ano de 380, o cristianismo foi transformado na religião oficial do Império Romano, através do Édito de Tessalônica ordenado pelo imperador Teodósio I.
Embora seja possível encontrar algumas diferenças de interpretações na crença cristã, a maior parte das religiões que seguem Jesus Cristo acredita:
  • A Bíblia é o livro sagrado e está dividida em duas partes: Antigo e Novo Testamento. O Antigo Testamento relata acontecimentos antes do nascimento de Jesus, enquanto o Novo trata dos fatos a partir do seu nascimento.
  • Há três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo) que formam um só Deus. É a Santíssima Trindade.
  • Após a morte as pessoas têm a vida eterna, e vão para lugares específicos mediante o seu comportamento terrenal.
  • A volta de Cristo marcará o final dos tempos e uma nova era no mundo.

A Vida após a morte

As visões sobre o que acontece após a morte dentro do Cristianismo variam entre as denominações. A Igreja Católica considera a existência do céu, para onde vão os justos, do inferno, para onde vão os pecadores que não se arrependeram, e do purgatório, que é um estágio de purificação, mas não um terceiro lugar, para os pecadores que morreram em estado de Graça, ou seja, já estão salvos e esperando um tempo indeterminado para ir para o céu. As igrejas orientais, bem como algumas igrejas protestantes, consideram a existência apenas do céu e do inferno. Dentro do Protestantismo, a maior parte das denominações acredita que os mortos serão ressuscitados no Juízo Final, quando então serão julgados, sendo que os pecadores serão definitivamente mortos e os justos viverão junto a Cristo na imortalidade. Já as denominações do Cristianismo Esotérico são reencarnacionistas e ponderam que nenhum homem é totalmente bom nem totalmente mau, e após a morte sofrerão as consequências do bem e do mal que tenham praticado em vida, atingindo a perfeição com as sucessivas encarnações.

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